29 de dez. de 2012

Até onde o "NÓS" existe?



Não temos um amor só nosso
Um sorriso compartilhado
Não temos uma musica que nos represente
Nem um momento a ser lembrado
Eu tão menos romântica
A beira de um surto psicossomático
Eu tão menos eu e você tão menos você
Não sabemos amar um ao outro
E se ao menos eu acreditasse
Não temos um futuro planejado
Não temos passado a ser recordado
Não lembro quando deixei você entrar na minha vida
Sem que eu percebesse.
Eu só desejei saber o significado
Antes de aprender.

Eliza Silva

16 de dez. de 2012

Perguntas...


Certo dia as pessoas te perguntarão qual foi a melhor sensação
E você com os olhos cheios de lagrimas, ira procurar palavras
Pra explicar-lhes, que a melhor das sensações não pode ser explicada.
Um dia alguém te perguntará qual foi o teu principal erro
E você em palavras jamais saberá distinguir qual deles foi o pior
Um dia alguém te perguntará sobre o tempo,
E você apenas vai desejar ter voltado nele por instantes.
E se te perguntarem sobre o amor?
Você com certeza se lembrará do atual
E esquecerá do primeiro que pareceu ser verdadeiro.
E se alguém te perguntar sobre felicidade?
Você não responderá e certamente não é porque você esqueceu,
Mas sim porque  você não conhece.
Na vida o tempo é quem determina a memoria,
Porque na verdade você só lembrará do passado
Se ele for questionado
E as palavras na maior parte das vezes
Você não saberá pronuncia-las
Porque em alguns momentos você esqueceu que elas existem, e em outros
Você tentara esconder que um dia fizeram parte de ti.
Mas jamais tudo passara despercebido, porque se você não lembrar por si só
Alguém por menos sabido que seja te fará lembrar, qualquer origem.
Eu não lembro quando eu disse EU TE AMO.


E na verdade eu nunca disse...




Eliza Silva

11 de dez. de 2012

VAZIO


Rosto sem maquiagem, pés na descalços
Semblante nú
Vida não menos em sintonia
Palavras que não vieram como recados
Passos em tropeços... passos...
Vida em tons de cinza, apenas vida
Apenas cinza que sobram delas
Respaldo nos olhos, lagrimas á sombra daquelas
Independência  ou morte,
Que morrer seja o vibrante, caminhos errantes
Pedras em contrapartida
E entre os dedos a felicidade foge da vida vazia
E entre o sangue as navalhas da alma.
E entre a vida o grito de misericórdia.

Eliza Silva

5 de dez. de 2012

O HOMEM QUE NÃO CONHECI, CONHEÇO.


Tuas palavras,sempre palavras
ferindo talvez com tamanha intensidade
mas é a passagem do homem,
daquele que conheço e que de sonho assim não é feito
mas de uma realidade desconhecida.
o homem que não vi é aquele que um dia conheci sem saber
Sua interioridade, sem cor, porque por idade seria um homem
de pensamentos vorazes, imaturos, verdades
...
e o que intensifica tudo, talvez seja a vida não vossa realidade
imaturos talvez teus pensamentos, regados á autonomia.
seria então a fisiologia do olhar
que por vezes regaram, carregaram aquilo que a vida trouxe sem tributos
e o homem que senti foi aquele que se perdeu nos meus braços/ abraços
mais foi sem pensar... que profundo nos braços dele deixe-me cair
se por vezes então o encontro daqueles lábios não pude saber,
foi em teu colo que adormeci...
e em teus ombros que deixe-me ás lagrimas levar.
O homem que conheci, é de carne, osso e solidão.
o Homem que conheci me tira o folego, e suspiros, dispara quem sabe o coração
mas são as verdades de tão pouca alma, que prefiro não conhecer antes de acreditar.
O homem que conheci, não conheço, e me despeço e me enlouqueço, conheço...
porque da alma que não vi, a regada sorte de um abraço apertado que não consigo definir.

Eliza Silva