30 de set. de 2012

Um adeus a solidão?


Uma despedida , e um pedido...
Vou-me neste mundo afora sem destino e sem ti.
Te peço que
Prometa-me uma estrela no ceu quando tudo se apagar
E o seu rosto a escuridão cobrir.
Faça um pedido a ela,
Peça talvez que a gente não se esqueça
E inclua na sua lista
Pra que eu realmente volte,
De-me um bombom como despedida
Mas saiba que estara embalando a minha solidão
Peça que os ventos embalem meus sorrisos
Ate que eu encontre um motivo pra voltar a sorrir
Pra que amanha eu acorde e me lembre de ti como hoje
Peça enfim por ti,
E talvez as rosas que um dia te dei  não o machuque mais
Como os cravos que um dia ganhei.
Talvez os pedidos não existam, e as estrelas não atendam
Talvez eu precise realmente partir e você ficar.
Então não espere a minha volta,
porque pra onde eu  vou, talvez exista alguém mais corajoso
que pode não me deixar  partir.

Eliza Silva

Sozinha


Sozinha
Mas me conforta olhar pela janela
E ver que a lua também esta só
Experimentei traduzir meus sonhos
E entender que por um único instante
Eu sou eu mesma dentro de outro alguém
Sozinha...
Habitando um corpo que talvez não me pertença
Vivendo uma vida que eu mesma escolhi
Escolhas, difíceis escolhas que ainda assombram-me
Que ainda me submetem depressivamente
Que ainda me espanta em virtudes
e me desejam secamente
Escolhas, trocas, compras
Flores mortas, vida morta,
O eu independente.
O eu ausente de “mim”
Enfim...
Sozinha novamente.

Eliza Silva

Indecisão


Posso ter errado
Mas me diz que você errou tanto quanto eu
Esta  escuro, tanto como a solidão...
Talvez você não  enxergue minhas lagrimas mas elas escorrem,
Nessa noite fria eu  só queria o teu abraço apertado
E o beijo que faz meu mundo parar
Mas é pedir de mais,
 Já sei que sem você sou apenas Eu
E com você quem sou?
Talvez eu tivesse disposta a subir de carona no tempo e pagar pra ver a direção
Quem sabe onde seria o ponto final do desembarque?
Mas os meus sorrisos onde ficariam?
Escondidos nos teus cabelos
Ou na mala que fechei quando resolvi estar com você?
Eu enterrei tudo e de quebra achei que quando enterrasse os pesadelos
Eu estaria bem, mas confundi e enterrei meus sonhos...
Foi-se o fim de mim... e de quebra a volta do desespero
Não espero um sorriso do meu rosto
Mas quero que as lagrimas sequem
Mesmo que seja em solidão
Cruel é a minha indecisão
Por não saber o que doar de mim.

Eliza Silva