29 de nov. de 2012

Menina



Hoje eu me olhei no espelho
E não vi mais
A inocência em meus olhos
Não vi mais as lagrimas no rosto
Nem o sorriso nos lábios
De repente eu devaneei
 me lembrei que já não faço muita coisa
Eu cresci, e deixei de ser insegura
Eu já não olho mais a lua
Já não faço pedidos as estrelas
Eu não me emociono mais com musicas
Eu não durmo mais abraçada aos travesseiros
Eu já não gosto mais de tirar fotos
Eu não sei mais jogar futebol
Desaprendi a dizer eu te amo
Não uso mais cachinhos
Não uso as pratas nos dedos
Nem tanto o preto das roupas
Deixei  a menina de lado e infelizmente eu cresci
Não acredito mais em amor
Nem tenho tanto tempo pra isso
Ainda tenho - o para saudades
Meu hobby não é mais desenhar
E tudo que ainda faço é escrever
Não gosto mais de ser feliz
E nem desejo ser...

Eliza Silva

Horizonte




Sento-me na janela como antes
Olhando o horizonte
As lagrimas correm pelo rosto
Sem ao menos eu notar
E baixinho tento esconde-las
Mas entre sussurros ainda são minhas
E eu não esconderia de mim mesma
Vejo-me perdendo o que eu tinha
E em troca ganhando apenas saudades
Vejo-me em desalinhos pelas minhas vontades
Mas é só o horizonte pairando em uma  janela qualquer
Sem saber  os motivos pela qual as lagrimas escorrem.

Eliza

Remember




Posso rebobinar minha vida
E transformar do avesso
Apelo...
Poderia voltar no primeiro sorriso
Quando ainda inocente receava a dor
Avançar mais o filme e de repente
 Encontrar o primeiro beijo.
Desastre,  que horror . (risos)
Quem sabe rever minha infância
Passar mais rápido os problemas e resolver saudades
Construir as vaidades que o tempo me doou
Verdades que ele tirou
Inocência que foi perdida
E o sabor do primeiro amor
Quem  sabe parar nos melhores abraços apertados
Nos beijos roubados, no ganhar da primeira flor.
Eu poderia rebobinar essa fita
Mas ainda seria apenas memorias...

Eliza Silva

Tudo não passa de um pode ser


Pode ser que amanha seja tarde pra nos dois,
Pra nossos planos.
Pode ser que o vento não transmita mais saudades
E o tempo não me traga você
Pode ser que eu já não te ame e você já não mereça meu amor
Amanha vai ser tarde pra me querer
Pode ser que na aurora desse novo dia
O sol se esconda e a noite não mostre as estrelas
Pode ser que não exista eu e você...

Eliza Silva

26 de nov. de 2012

Aos amigos que ja foram virtuais




À quem o tempo não menos que a vida,
Foi capaz de roubar.
A quem nas conversas tardias,
Tinha algo a expressar.
De uns...
o abraço apertado/ O beijo roubado
O sussurro calado/ O olhar admirado
A outros  ...
o olhar desejado/ O sorriso engraçado/ O entrelaçar das mãos.
A quem um dia nos olhos olhei
Entregando meu coração...
Ao abraço que senti e á quem no frio pude esquentar
A quem as lagrimas sequei
E os sorrisos pude despertar
Piadas abraços, conselhos
Sorrisos gargalhadas receios
Ao primeiro amor
Ao melhor amigo
Ás conversas inacabadas, risadas, fervor
Aos amigos que consegui, as palavras que pude doar
Aos ensinamentos que aprendi
A quem um dia me ensinou a amar.
a quem um dia quis encher de beijo
e de saudade matar 
Aos amigos virtuais e eternos.
Que por sua vez este, o tempo não pode apagar.

Eliza Silva

21 de nov. de 2012

Não precisas de mim




você precisa que eu te esqueça
e desapareça sem pensar
voce precisa ser amado
mas nao do meu lado
mas nao com o meu amar
voce precisa que eu te esqueça
voce precisa que eu me desapegue
e esqueça de conversar
as vezes eu fico muda
e tudo me parece o seu pensar
porque me perco nas horas
e se desapareço com o olhar
é por voce.
E é pelo teu ver
que talvez eu fuja de tudo isso
que eu fuja da unica maneira que consigo
pra nao precisar te esquecer antes de te lembrar.

5 de nov. de 2012

O cálice da despedida.

A cá estou...
Provando o veneno
Desistindo da dor
Desistindo de sonhos/ planos
Deixando os despercebidos sorrisos
Paginas do livro...”VIDA”
Que o tempo por favor,  escreveu
A cá estou eu...
Entre velhas e novas palavras
Deixando-me levar pela vida que segue
Deixando-me ficar pelas lagrimas que rolam
Deixando-me partir, querendo exatamente ficar
Levada pelo ultimo suspiro,
Delírio de um coração
E o que escrevo será meu?
Será para outro alguém então?
E o que deixo?. Desisto... por não ser meu
Por não ser de mais ninguém
Porque o coração não tem dono
Porque me pertence, e não pertence
Mas pertence a outro alguém?
Eliza Silva

O amor é algo mais...


Que seja tudo...


Amor Magrinho


4 de nov. de 2012

Solidão: algo pra chamar de meu



O mundo inteiro questionando a solidão
E eu respirando-a
E desejando sabe-la
Sozinha no quarto observando a bailarina, da caixinha de musica;
a cada volta que ela dá
Fico desconfortável com as próprias lembranças
E a metade delas nem são o meu amor por inteiro
E se o que eu sou não couber em mim
E se o que couber em mim não for eu?
Por um minuto o silencio
É o alimento da maquina do medo, a fonte de lagrimas,
De onde nasceu a vontade que não tenho.
Se conhece-me diga quem sou eu.
Outra vez estou fugindo de mim mesma
Ao olhar no fundo dos meus olhos
E o que esconde o espelho, se não a minha própria visão
E outra vez a mão que bate a porta
Nem é alguém que não tenha por nome a solidão.
Eliza Silva