22 de mai. de 2013

Por onde a vida vai



Com pés tortos e sem saber aonde ir
fugi, cheguei terminantemente ao fim
vagar em rumo a partida é não saber a hora da despedida
chegar é não poder ir
é confuso
mas não voltou por onde andei
deixar pra trás as escolhas
talvez nem seja a melhor saída
eu fujo do que me foi proposto
eu vou por onde vai a vida.

Eliza Silva


21 de mai. de 2013

Fuja, ainda é tempo



Pode fugir ainda dá tempo
eu também pretendo fazer o mesmo
correr dos sentidos que não existem.
alguém a quem me tornei e desconheço
alguém a quem eu sou e não me vejo
e a aparência, semblante 
como se não fosse o bastante 
bateu a porta e fugiu...
quem sou eu debaixo de tanto terremoto
o cansaço estressa, 
o cansaço cansa 
e me desmorona e te afugenta 
eu era meiga e sutil 
quem não me conhece agora 
é porque ainda não me viu.
estou morta? impressão
só me enterrei em meus sentimentos
estou pálida? impressão
só me tornei preto e branco 
e não um colorido impresso.

Eliza Silva
   


15 de mai. de 2013

Dê-me apenas um motivo

Eu nao entendo...
como pude me perder em mal passos
que eu mesma quis traçar,

To entrando em colapso
mas você nao sabe
voce nem se quer existe
me olhei no espelho 
e não me vi dentre os cacos,
eu devia ter desistido desde o inicio

porque nada aqui é o mesmo, 
pra que fingir que pode ser diferente
fingir que não somos dois fracos, presos ao passado
presos ao presente
e o que é mesmo o presente?
ciumes, cobranças, desconfianças, prisão,
só não é amor, só nao é mais você
... entenda que tudo vem ficado pra tras...
mas dessa vez o tempo nem congelou lembranças boas
porque elas nao existem 
e...na verdade nos somos apenas dois falsos
que se propagam em sentimentos
somos apenas algo... in(comum)
e ao falar  que só restava lembranças do meu amor,
eu mau pude imaginar que ele tava só escondido
e por não querer mais sofrer,
jamais imaginei me perder em lagrimas novamente
vou dormir tarde de novo
esperando uma ultima ligação que conserte 
o que nao esta quebrado, só curvado...

Eliza Silva

4 de mai. de 2013

Quarentena ao amor...




O nosso tempo é feito de rochedos 
embaraçosos...
sonhos constantes...
nosso tempo, exato nem existe 
nosso tempo  inexato é estar ao seu lado.
é pedir pausa...
não vamos rebobinar, 
talvez não recordar
e o nosso tempo 
infelizmente não é nosso
e se dependesse do acaso 
descaso nos é proposto 
somoS chaves de um acordo
feche as janelas meu amor
tranque a porta, armazene comida e água
...quarentena meu pequeno bem incomum
quarentena ao tempo continuo...


Eliza Silva