Pode fugir ainda dá tempo
eu também pretendo fazer o mesmo
correr dos sentidos que não existem.
alguém a quem me tornei e desconheço
alguém a quem eu sou e não me vejo
e a aparência, semblante
como se não fosse o bastante
bateu a porta e fugiu...
quem sou eu debaixo de tanto terremoto
o cansaço estressa,
o cansaço cansa
e me desmorona e te afugenta
eu era meiga e sutil
quem não me conhece agora
é porque ainda não me viu.
estou morta? impressão
só me enterrei em meus sentimentos
estou pálida? impressão
só me tornei preto e branco
e não um colorido impresso.
Eliza Silva
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